quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Fucking umbrellas

É um facto, as pessoas são estúpidas.


São estúpidas muitas vezes, mas pioram quando andam no meio da rua com um guarda-chuva na mão. Sim, esse objecto que me renega de cada vez que o abro. Desde pequeno que os guarda-chuvas nunca quiseram nada comigo. Lembro-me de ver os X-Men e havia lá uma personagem (da qual não me recordo o nome) que sugava a força vital das pessoas em quem tocava, aumentando o seu próprio poder. Ora a minha relação com os guarda-chuvas é quase a mesma. A diferença é que depois de tocar neste tão útil objecto, a única força vital com que eu fico é a do Aquaman depois de ter andado a passear no meio do furacão Katrina.

As varetas desfazem-se!!! Não conheço ninguém que toque em guarda-chuvas e eles se desfaçam nas mãos à excepção de mim. Sou um genocida de paráguas.

E foi por compaixão para com eles que deixei de os usar. Para quê?! Ia acabar molhado de qualquer maneira...

O que me leva ao início do meu texto. Odeio pessoas que andam de guarda-chuva. Sim, sou invejoso. Quem são elas a mais que eu para poderem andar secas no meio da rua enquanto eu absorvo poluição atmosférica aos litros? Serão necessárias umas mãos delicadas para poder andar com esse objecto na rua e não chegar a casa com ar de quem foi dar um mergulho ao Tejo?

E andar no meio dos guarda-chuvas em Lisboa é terrível para a tensão. Ainda hoje, saio do metro e à minha frente centenas de rodas negras. Pensei: "É desta que mato alguém."

Juntem estes ingredientes:

100 guarda-chuvas
100 pessoas sem pressa
Litros de chuva
1 passeio escorregadio


Juntem tudo numa avenida lisboeta perto de si e vai ter um bonito Sufflé de caralhadas, constipações e veias a latejar nas têmporas.

É de loucos. Será que as pessoas que vão debaixo dos guarda-chuvas não percebem que há gente a molhar-se? Pessoas que têm pressa?

Depois chega-se encharcado ao trabalho, ainda a resmungar baixinho e dizem-nos "Ah, vens todo molhado. Porque é que não trazes um guarda-chuva??!!".

Juro que um dia desato ao pontapé no meio da rua.

4 comentários:

Luís Carlos Soares disse...

ahah dois minutos de gargalhadas (e de identificação com a crónica) q acabaste de me proporcionar!

(a verificação de palavras ali em baixo é moodi! nunca tinha encontrado nenhuma pronunciável!)

uma Inês disse...

Não me conheces mas gostei do teu texto! Não és único a sentires-te assim, se te faz feliz eu sinto-me igual. Mas eu sou teimosa e ando com o dito cujo! se bem que acabo igual..como se não o tivesse aberto ou sequer tirado de casa.

(já agora, sou amiga do Luís Soares)

uma Inês disse...

Só para dizer que ontem estraguei o meu guarda-chuva!

arrrgg

Anónimo disse...

Pois é meu caro... também já desisti do dito cujo há muito... aderi à moda dos chapéus. Esses não se partem, mas de vez em quando também voam com o vento. E deixam um penteado ridículo que me faz parecer o Jigsaw. Enfim, como diz um colega meu da rádio, "não há milagres"...